Significado profético
Além disto, a Festa dos Tabernáculos é uma Festa Profética.
A sua mensagem nos fala da nossa herança, isto é, “da medida da plenitude da
estatura do Messias”, a que a Palavra de D-us nos promete que chegaremos em
breve (Ef 4:11-16). Fala da glória de D-us a ser manifestada nesta “ultima
casa” (Ag 2:8). Fala não apenas do milagre da provisão de D-us no meio do
deserto, mas de uma provisão superabundante na terra que é nossa herança, onde
teremos não apenas as “primícias”, “o penhor da nossa herança” (Rm 8:23; Ef
1:13,14), que é Espírito o Santo, mas teremos a plenitude da herança, a posse
de tudo o que o Senhor tem reservado para os seus filhos.
Significado prático
A Festa dos
Tabernáculos não é apenas algo que comemoramos uma vez por ano, em
setembro-outubro, relembrando o passado, mas significa, para nós, uma
EXPERIÊNCIA. Assim como a Páscoa é para os alvos uma experiência (libertação do
pecado e da escravidão), e também Shavuot é uma experiência (batismo com
Espírito o Santo), Tabernáculos é uma experiência a ser atingida pela Igreja
Cristã.
É certo que neste mês
nos reuniremos para estudar a Palavra, e adorar ao Senhor. Mas a Festa não
termina depois desta Santa Convocação. Ela continua em nossos coração, que
anseiam pelo seu cumprimento, pela manifestação dos seus frutos, dia após dias.
E, pouco a pouco podemos sentir que o Corpo do Messias, a igreja, esta chegando
à experiência da Festa dos Tabernáculos. Aleluia.
Tabernáculos será uma
experiência em que todo o Corpo entrará ao mesmo tempo.
Qual deve ser o nosso
interesse? Ajudar todos os membros do Corpo do Messias a entrar em todas as
experiências que D-us está revelando aos Seus nestes últimos dias, para que em
breve tudo se cumpra e cheguemos a “restauração de todas as coisas” (At 3:21),
e possa cumprir-se cabalmente no Corpo do Messias a experiência da Festa dos
Tabernáculos.
Como observar a festa dos Tabernáculos
“Ide, comei carnes
gordas, tomai bebidas doces” (Ne 8:10). Há muitas maneiras pelas quais as ações
de graça pela Colheita, podem ilustrar a Ceifa Mundial que cremos que D-us nos
dará, e que a Festa tipifica.
“Enviai porções aos
que não têm nada preparado para si” (Ne 8:10). Rejeitemos a troca de presentes
comum na época de Natal (falsa data do nascimento de Ieshua), em favor do
“enviar porções”. Não é uma troca interesseira, mas “presentes aos que nada têm
preparado para si”. Nisto consiste o amor. Esta é uma boa saída para o
comercialismo do Natal, e um digno substituto cristão para o ambiente pagão da
época natalina.
“Dia após dia leu
Esdras no livro da lei de D-us desde o primeiro dia até o último; e celebraram
a Festa por sete dias” (Ne 8:18). O estudo e meditação na Palavra de D-us é uma
característica do “espírito” da Festa dos Tabernáculos. Procure ler a Palavra
com a família e mais outras pessoas, se possível, nestes dias.
“Saí ao monte, e
trazei ramos... para fazer cabanas” (Ne 8:15,16). Faça uma pequena cabana para
lembrar o significado da Festa, tipificando a estrebaria em que D-us veio
tabernacular conosco, na pessoa de Ieshua. Essa cabana pode ser uma bela
ilustração da verdade, especialmente para as crianças.
Apesar de tudo,
estamos esperando que o Senhor, nestes últimos dias, revelará algo
completamente novo a respeito da Festa dos Tabernáculos. Procure começar
seguindo os princípios da Palavra de D-us, que as demais coisas o Espírito
revelará a seu tempo. Amém!
A REPRESENTAÇÃO PROFÉTICA DA FESTA DE SUCOT
A festa de Sucot é
rica em significados e simbolismos, que como nos diz a Bíblia, está sempre
apontando para algo que haveria de vir - eram sombra das coisas futuras - e
assim é com Sucot.
O primeiro fator
relembrado nesta festa é o fato de que os judeus estavam sempre viajando - as
cabanas eram simples para poderem ser montadas e desmontadas a qualquer momento
- e isso é uma representação do “peregrinar” do homem sobre a terra. Sabemos
que o mundo não é nosso lugar. Ieshua quando falou disso, disse o seguinte:
“Não são do mundo, como eu do mundo não sou” (Jo 17.16), demonstrando que nossa
verdadeira cidadania não é terrena, pois apenas “estamos” no mundo, porém não
“somos” do mundo!
Outro fator
importante é que as cabanas eram frágeis, mas independente disso o povo viveu
por quarenta anos no deserto sob a proteção de D-us. Isso nos faz lembrar o
cuidado de D-us para conosco e que mesmo em meio às provações há a provisão, o
livramento, a proteção que, apesar da fragilidade de nossa vida, manifestam-se
desta forma dando-nos a certeza de que Ele está com todas as coisas sob
controle! Durante os quarenta anos de
peregrinação do povo de Israel não lhes faltou coisa alguma,
quer no sentido material, quer no sentido espiritual. A provisão material
abrangia duas áreas principais: a provisão da alimentação em meio a um deserto
e a manutenção daquilo que eles já tinham quando saíram do Egito. Isso só foi
possível graças a uma época de intensos milagres - a primeira grande era dos
milagres bíblicos -, pois quando da peregrinação D-us proveu comida e água
suficientes para alimentar todos os integrantes do povo. Levando-se em consideração
que os que saíram do Egito foram 600.000 (seiscentos mil homens) e fazendo-se
uma média de quatro (4) pessoas por família - o que é pouco para os orientais,
que costumam ter famílias numerosas -, teremos um total aproximado de 2.400.000
(dois milhões e quatrocentos mil pessoas) no deserto pedindo água e comida e
sendo supridos plenamente por D-us; não seria isso um grande milagre? Quando se
fez necessário D-us abriu rochas e fez que delas brotassem fontes de água e até
mesmo fez “chover” carne do céu, enviando ao povo codornizes para que eles
pudessem ter seu suprimento de proteínas adequado para a viagem. Mas o mais
impressionante disso é o maná. Está escrito que D-us deu ao povo “pão dos
anjos” (Sl 78.25) para comer! Imagino o que deve ter acontecido. O Senhor dá
uma ordem e os próprios anjos levavam este “pão” para alimentar ao povo, e
mesmo assim eles ainda reclamaram, pois sentiram-se enjoados por comerem o
maná! Não somos nós assim? Vivemos de uma forma que, às vezes, D-us envia seus
anjos para nos alimentar, e mesmo assim reclamamos! Há também a questão das
roupas e calçados: não haviam condições de terem-se fábricas de calçados e
tecelagens no deserto, porém os calçados e as roupas não envelheceram nem
desgastaram-se durante a época da peregrinação. Temos aqui duas hipóteses: a
primeira é a de que D-us “conservou” as roupas e calçados do povo de Israel de
forma a não se desgastarem. A segunda é de que, além disso, as roupas e
calçados “cresceram” com o povo, pois na época da saída do Egito muitas crianças
e jovens saíram no meio do povo, e eles cresceram e se desenvolveram durante
aqueles quarenta anos de caminhada!
Em nossas vidas
também acontecem tais milagres - provisão para o corpo e no corpo - nossas
roupas e alimentos - o que nos mantém durante nossa peregrinação firmes e
convictos de que tudo não passa de um contínuo milagre, pois somos
continuamente livrados por D-us em nosso dia-a-dia e não o percebemos! Nossa
saúde é mantida por D-us - e consequentemente a vida - apesar de nossa
fragilidade!
Outro fator muito
importante e também esquecido por nós é que D-us andava em meio à seu povo no
deserto e isso foi visto claramente por eles, pois durante o dia havia uma
nuvem que cobria todo o povo, evitando assim que o calor do sol os fizesse
perecer no deserto. Esta cobertura simboliza o cuidado de D-us para conosco e
faz-nos lembrar que, do alto vem nosso livramento e que também nós temos uma
“cobertura” muito competente, pois o Criador dos céus e da terra é aquele que é
autoridade (cobertura) sobre nós e assim gerencia nossos passos, para que não
sejamos consumidos pelo calor do sol no deserto. Isso durante o dia, pois á
noite a coisa é ainda pior! A noite temos a ausência de luz, e no deserto sopra
um vento muito frio, além de haverem os animais que saem de seus esconderijos
para poderem se alimentar e ali está o povo, totalmente entregue às condições
do tempo e aos perigos daquele lugar. Mas até para isso o Senhor providenciou
solução. No deserto havia uma “coluna de fogo” que guarnecia o povo (em hebraico,
literalmente “algo que se punha em pé”), lembrando-nos de que quando chegam os
momentos “obscuros e tenebrosos” da vida (ou como diz Davi: “Ainda que eu
andasse pelo vale da sobra da morte não temeria mal algum, porque Tu estás
comigo” Sl 23.4) D-us se faz presente em nossa vida como um “fogo consumidor”
que além de nos esquentar durante o rigoroso frio do deserto também espanta os
animais perigosos que poderiam nos atacar, além de providenciar a direção
correta em meio à escuridão! O motivo da Festa de Sucot é basicamente um:
relembrarmos dos atos de D-us na história do povo de Israel e também sabermos
que isso acontece hoje conosco, e por isso celebramos a Ele por tudo!
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